Saudações às mulheres que cuidam de nossos mangues
- Renata Pelegrini

- 17 de ago.
- 1 min de leitura

Neste mês queremos agitar uma grande onda de saudações às mulheres que trabalham para manter nossas encostas, em especial, os mangues. Esses ecossistemas frágeis, e as sociedades humanas em atividade ali, foram citados como em condição de alto risco no mais recente relatório, de março de 2023*, emitido pelo Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC). Hoje, quase metade da população mundial vive em regiões altamente vulneráveis. “A justiça climática é crucial porque aqueles que menos contribuíram para os eventos extremos do clima, estão sendo afetados de forma desproporcional”, diz um dos relatores. E para 2050, cerca de um bilhão de pessoas poderão estar vivendo em zonas a menos de dez metros acima do nível do mar. No Brasil, encontramos a maior faixa contínua de manguezais do mundo, onde a vegetação fornece alimento para milhões de pessoas e habitat para centenas de espécies. Os manguezais ajudam a mitigar os impactos das mudanças climáticas, já que armazenam até 4,5 vezes mais CO₂ que outras florestas tropicais. E assim, como acentua o IPCC, compartilhar as melhores práticas pode garantir os maiores ganhos em bem-estar ao priorizarmos a redução do risco climático para essas comunidades. Por isso, oferecemos aqui algumas iniciativas de conservação, pesquisa, monitoramento e vivência de mangues. Destacamos o trabalho de Marília Cunha Lignon, que conta sobre o Monitoramento Integrado de Manguezais, e os relatos das Mães do Mangue, que nos presenteiam com um livro de receitas, o Cozinha-da-Maré.
texto originalmente publicado na newsletter da 'Liga das Mulheres pelo Oceano' - Abril 2023



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