Voo, água e afeto
- Renata Pelegrini

- 17 de ago.
- 2 min de leitura

O que um beija-flor, chamado de TONKIRI na etnia amazônica Ashaninka, e um grupo de voluntários, em sua maioria mulheres, reunidos durante a pandemia, podem projetar em comum? Nutrir e cuidar de gota em gota. Na lenda do pássaro, ele trabalha para apagar o fogo da selva com a água que acolhe em seu bico. Já no dia a dia da rede de voluntários que escolheu TONKIRI como nome, eles trabalham para fornecer alimento a comunidades vulneráveis através de refeições, do desenvolvimento de mulheres, de jovens e de lideranças “em busca de mais potência para o voo”, como declaram em suas redes sociais . Na TONKIRI comida com afeto é o tema central de parcerias e projetos para alimentar, amparar e empoderar mulheres periféricas. Um exemplo é a Escola Aberta do Cuidado, baseada no Círculo do Cuidado implantado dentro da própria comunidade e centrada na ferramenta ancestral da escuta para amparo e acolhimento da população desamparada “a partir de dentro dos saberes locais”. Saiba mais sobre as campanhas e inspire-se aqui.
E por falar em asas, voo, e água, vamos até o Piauí, em Barra Grande, onde a ONG Projeto Vivo Kitesurf promove a inclusão e estimula melhores perspectivas de futuro a jovens nativos na região através do kitesuf. “O esporte, enquanto atividade física organizada, é importante não apenas para o desenvolvimento físico e motor, mas também para o desenvolvimento social das crianças. A partir de suas regras e condições, as crianças conseguem compreender formas de relacionarem-se com os outros, trocando experiências, competindo e ajudando uns aos outros.”, declaram em uma de suas redes. (1). Através de escolinha, projetos de férias, campeonatos, visita de atletas, e parcerias, a ONG abre mares e horizontes para muitos dos jovens ali assistidos.
texto originalmente publicado na newsletter da 'Liga das Mulheres pelo Oceano' - Março 2023



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